SUSTENTAÇÃO DOS ESCRITOS

A leitura também pode ser considerada uma miragem. Às vezes, dança sob as vistas do leitor embebida de dúvida: ilusão ou fato? Assim vou paulatinamente construindo narrativas embebidas de miragens.

Sempre fui fascinado por textos relativamente resumidos. Forçam o leitor a ampliá-los. José Carlos Reis, em seu livro Teoria História, define muito bem isso, dizendo: “O autor traz as palavras e o leitor a sua significação. A leitura é uma experiência de vida. É o leitor que termina a obra, segundo sua tradição particular de recepção.” 
Assim também penso, endossando as palavras do ilustre autor mencionado.

O ilustre professor Luiz Gonzaga Pereira de Souza, residente em Belo Horizonte, MG, e eu, estamos juntos há quase nove anos. Garantidamente posso dizer que acertei ao pescá-lo na internet, encontrando-o para ser revisor de minhas produções. O texto que foi o meu primeiro teste para uma aproximação foi “Evolução”. Após inspecioná-lo, disse-me o revisor que havia entendido a minha estória, mas que necessitava de alguns ajustes. Fora o suficiente. Considerei-me um autor de fato. Sem nos conhecermos pessoalmente, estamos juntos há quase nove anos. Ele recusa, como não poderia deixar de ser, textos desconexos, censura palavras “feias”, não sei se são mesmo feias, mas acho que inadequadas, bem como, quando necessário e mantendo o raciocínio empregado, vigora frases mal aproveitadas. Minha alegria é a de nunca ter censurado um termo não condizente com o sentido intencionado, exceto quando emprego palavras regionais.

Grato,

Eduardo Antonio Damasio da Silva

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